Monday, May 24, 2010
Artista da Semana (maio 23 - 29) - Antonio Adolfo
http://www.antonioadolfo.com.br/
Antonio Adolfo
Filho de uma violinista da Orquestra do Teatro Municipal do Rio, carioca de Santa Teresa, aquariano da classe de 47, o pianista Adolfo aos 16 anos já pertencia ao fechado clube da bossa-nova acantonado no Beco das Garrafas, à frente de grupos como o Samba a Cinco e o Trio 3-D. No último, ele participou da peça musical Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, e começou a acompanhar ases do setor. Mas a partir de 1967, em dupla com o letrista Tibério Gaspar, Adolfo, o compositor, transformou-se num dos detonadores da ala da toada moderna, que produziu sucessos como Sá Marina e Juliana.
Ao mesmo tempo, pilotando o grupo Brazuca, instaurou um tônus de modernidade eletrônica no pop da época (Teletema, Ana Cristina) até desaguar na autopista abrasiva da BR-3, que causou polêmica e sacudiu as estruturas festivalescas. Integrante da banda que acompanhou Elis Regina em duas excursões à Europa, um estágio com a erudita Nadia Boulanger, em Paris (além dos aperfeiçoamentos com os brasileiros Guerra Peixe e Esther Scliar), Antonio Adolfo estava pronto para mais um grande salto.
Em 77, num ato de coragem e pioneirismo, lançava o disco Feito em casa em seu próprio selo Artezanal. Era o pontapé inicial de uma tendência libertária, a do disco independente, que motivaria o aparecimento de artistas divergentes das leis do mercado tradicional.
Adolfo gravou neste sistema tanto material próprio (até música para crianças, a peça Astro Folias e Passa passa passará) quanto promoveu revisões de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, de pianeiro para pianeiros. Era o sinal de que como intérprete (vide sua incrível participação no III Free Jazz, no comando de três módulos de diferentes escolas da música instrumental), ele atingiu uma posição rara: a do criador contemporâneo que domina a linguagem da atemporalidade. (Tárik de Souza)
Desde 1985, Adolfo vem se dedicando a sua escola de música, o Centro Musical Antonio Adolfo, além de participar em eventos internacionais como músico e educador, sem deixar de lado sua carreira como intérprete. Recebeu dois Prêmios Sharp por seus trabalhos Antonio Adolfo e Chiquinha com jazz, respectivamente.
Como autor de material didático, lançou no Brasil sete livros pela editora Lumiar, além de um video-aula e dois livros sobre música brasileira no exterior. Durante oito anos foi o representante do IAJE (International Association For jazz Education) para a América Latina.
Recentemente Antonio Adolfo voltou a se apresentar com mais frequencia em shows, seja em formato piano solo ou em grupo. De uma de suas apresentacoes com a filha Carol Saboya, em uma Universidade dos Estados Unidos nasceu o trabalho em CD, lancado no Brasil e no Exterior: Antonio Adolfo & Carol Saboya Ao vivo/Live. E, mais recentemente, Lá e Cá/Here and There.
Wednesday, May 19, 2010
Artista da Semana (maio 16 - 22) - Carol Saboya
Artista da Semana - Carol Saboya
http://www.carolsaboya.com.br
O ambiente sempre foi musical. Filha do compositor Antônio Adolfo, Carol Saboya foi criada em meio a acordes inspirados, partituras rabiscadas, músicas nascendo: arte em pleno processo de criação. Aos oito anos registrou sua voz pela primeira vez em dupla com Miéle no compacto A menina e a TV. Ainda menina participou como vocalista de discos de Erasmo Carlos e Ângela Ro Ro. Participou do histórico musical Verde que te quero ver e de trilhas sonoras infantis. Passou três anos estudando canto nos Estados Unidos, quando participou do CD Brasileiro, de Sérgio Mendes.
Na volta ao Brasil gravou com a pianista americana Joyce Collins e participou de um tributo a Aldir Blanc, que se emocionou ao ouvir Carol cantar a música Carta de pedra no Canecão. A menina de voz doce e afinação impecável começou a chamar atenção da mídia. O aguardado trabalho solo veio em 1998. Produzido por Almir Chediak, Dança da voz garantiu a Carol o Prêmio Sharp de Melhor Cantora Revelação do ano. No ano seguinte se debruçou sobre a obra de Tom Jobim e gravou, acompanhada pelo violão de Nelson faria, o álbum Janelas abertas.
Em 2000 é a vez de visitar o inconsciente coletivo com o repertório cinematográfico de Sessão Passatempo. Ainda nesse ano defendeu Imaginária, de Suely Mesquita e Mário Seve, no Festival da Música Brasileira promovido pela TV Globo. O álbum seguinte, Presente (2003) retomava a sofisticada e bem sucedida mistura de música pop e tradicional presente no primeiro. Para 2005 Carol prepara um CD inteiramente dedicado ao inspirado letrista Abel Silva, seu primeiro parceiro musical.
Dois anos depois, em setembro de 2005, teve a oportunidade de gravar o seu primeiro DVD ao vivo (ainda em fase de finalização), no Teatro Leblon, com concepção e direção de Paulinho Moska. No show, interpretou músicas dos seus dois discos lançados no Japão Bossa Nova e Nova Bossa e contou com a participação especial de Marcos Valle, Rildo Hora e Os Cariocas. O primeiro trabalho gravado integralmente com seu pai veio em 2006, quando lançou Antonio Adolfo e Carol Saboya - ao vivo / live. O CD surgiu a partir do show Bossa Nova Forever, um tributo à bossa nova e ao samba-jazz, que fizeram em outubro de 2005, na Universidade de Miami.
Dentre os projetos para o futuro, Carol quer se dedicar à carreira de compositora, firmar as parcerias com Abel Silva (com quem compôs Agora, Amanda, Sim, Olhos tontos) e com Marcelo Moutinho (Quando o verbo é partir) e ainda gravar um disco com as novas criações.
http://www.carolsaboya.com.br
O ambiente sempre foi musical. Filha do compositor Antônio Adolfo, Carol Saboya foi criada em meio a acordes inspirados, partituras rabiscadas, músicas nascendo: arte em pleno processo de criação. Aos oito anos registrou sua voz pela primeira vez em dupla com Miéle no compacto A menina e a TV. Ainda menina participou como vocalista de discos de Erasmo Carlos e Ângela Ro Ro. Participou do histórico musical Verde que te quero ver e de trilhas sonoras infantis. Passou três anos estudando canto nos Estados Unidos, quando participou do CD Brasileiro, de Sérgio Mendes.
Na volta ao Brasil gravou com a pianista americana Joyce Collins e participou de um tributo a Aldir Blanc, que se emocionou ao ouvir Carol cantar a música Carta de pedra no Canecão. A menina de voz doce e afinação impecável começou a chamar atenção da mídia. O aguardado trabalho solo veio em 1998. Produzido por Almir Chediak, Dança da voz garantiu a Carol o Prêmio Sharp de Melhor Cantora Revelação do ano. No ano seguinte se debruçou sobre a obra de Tom Jobim e gravou, acompanhada pelo violão de Nelson faria, o álbum Janelas abertas.
Em 2000 é a vez de visitar o inconsciente coletivo com o repertório cinematográfico de Sessão Passatempo. Ainda nesse ano defendeu Imaginária, de Suely Mesquita e Mário Seve, no Festival da Música Brasileira promovido pela TV Globo. O álbum seguinte, Presente (2003) retomava a sofisticada e bem sucedida mistura de música pop e tradicional presente no primeiro. Para 2005 Carol prepara um CD inteiramente dedicado ao inspirado letrista Abel Silva, seu primeiro parceiro musical.
Dois anos depois, em setembro de 2005, teve a oportunidade de gravar o seu primeiro DVD ao vivo (ainda em fase de finalização), no Teatro Leblon, com concepção e direção de Paulinho Moska. No show, interpretou músicas dos seus dois discos lançados no Japão Bossa Nova e Nova Bossa e contou com a participação especial de Marcos Valle, Rildo Hora e Os Cariocas. O primeiro trabalho gravado integralmente com seu pai veio em 2006, quando lançou Antonio Adolfo e Carol Saboya - ao vivo / live. O CD surgiu a partir do show Bossa Nova Forever, um tributo à bossa nova e ao samba-jazz, que fizeram em outubro de 2005, na Universidade de Miami.
Dentre os projetos para o futuro, Carol quer se dedicar à carreira de compositora, firmar as parcerias com Abel Silva (com quem compôs Agora, Amanda, Sim, Olhos tontos) e com Marcelo Moutinho (Quando o verbo é partir) e ainda gravar um disco com as novas criações.
Wednesday, May 5, 2010
Artista da Semana (maio 2 - maio 8)- Lissy Walker
http://www.lissywalker.com
http://jnbreview.blogspot.com/2010/04/featured-artist-lissy-walker-cd-title.html
Lissy Walker is a jazz singer, but her wide-ranging musical interests set her apart from your average chanteuse. She’s been an actress and singer for most of her life and brings a dramatic sensibility to her jazz vocals with nuances of folk, pop, and country in her performances. “When I started working on the arrangements for Life Is Sweet I chose songs by writers like Harry Nilsson, and Randy Newman because they’re the songwriters I love, along with writers we readily associate with The Great American Songbook, as well as a few from across the pond, like Ray Davies and Nick Drake.”
"I tend toward happy melodies with sad lyrics or vice versa, tunes that look at both sides of the coin. Several songs deal with mortality, or the ache of a broken heart, but the underlying theme of the album is redemption. How love affects our ability to embrace life and acknowledge the limitations of existence, and that beauty can be found in melancholy. The idea that a broken heart is better than no heart at all.”
Walker produced Life Is Sweet with bassist Jon Evans (Tori Amos, Spencer Day). The arrangements are by Walker and pianist John R. Burr. Drummer Scott Amendola (Madeleine Peyroux) and Grammy nominated guitarist Scott Nygaard complete the basic quartet. Cellist Philip Worman, organ player Julie Wolf (Ani Di Franco), trumpeter Steven Bernstein (Rufus Wainwright), and Dave Ellis on sax added discreet overdubs. “We left room in the arrangements for improvisation,” Walker says. “We worked out the feel of the songs, coming up with specific interpretations, the intros and endings, and then let the ideas flow.”
Walker’s burnished vocals have a hint of restrained passion that suggests country music, but her phrasing, which dances around before and after the beat, is pure jazz. Her low-key approach is folky at times, but raw emotion lurks just beneath the surface, adding an alluring tension to her performances.
Lissy Walker grew up in Berkeley surrounded by artists, architects, and writers, lovers of art and music in the seventies. Both parents were classical music buffs, and it was played night and day. As a child Walker studied classical piano. “I loved playing, and the lessons gave me an important base for all the music I’ve done,” Walker recalls. “When I discovered ragtime, I asked if I could take jazz piano. My parents encouraged me to teach myself, so I bought a book of Scott Joplin rags and learned to play ragtime on my own.”
“In the 7th Grade, I saw A Midsummer Night's Dream and decided I wanted to be an actress. I went to the Young Conservatory at ACT in San Francisco. At Berkeley High School, I studied classical music and appeared in musical productions. At choir rehearsals, I could hear the jazz band down the hall. I asked the jazz teacher, Phil Hardymon, if I could sing with the jazz band and he put together a combo with some of his students.” They performed to great success at the school and got a few gigs around town.
Walker went on to study theatre and voice at UCLA, then attended the Neighborhood Playhouse School Of The Theatre in New York, studying singing, dance, and acting with Sanford Meisner, the school’s founder. After graduation, Walker became a regular player with the Home for Contemporary Theater and Art. She appeared in The School For Jolly Dogs, a revue based on English Music Hall songs and Charles Mee’s The Imperialists at the Club Cave Canem, which was picked up by Joseph Papp’s Public Theater. Walker was reviewed favorably in the New York Times.
After eight years in New York, Walker and her husband, cellist Philip Worman, moved back to San Francisco. She appeared in the award-winning productions of Tom Jones and The Sea Plays and ACT’s critically acclaimed Long Day’s Journey into Night.
Walker never stopped singing, however. She took classes at Berkeley’s Jazzschool, learning to write her own charts and create arrangements. With the help of her teacher Maye Cavallaro, she made connections in the Bay Area’s jazz community. She began to develop her folk/jazz approach to arranging and singing. Gigs at local clubs and events got positive feedback. Fellow musicians encouraged her to go into the recording studio. Local singer/songwriter, Alexis Harte suggested Jon Evans as producer. “I met Jon and we clicked. We talked about doing a jazz album with folk and pop elements, to bring together all the music I love. He suggested (pianist) John R [Burr], (drummer) Scott Amendola and a few of the other players. I wanted people who had range, for an eclectic mix of styles.”
The result is a quiet classic, with the musicians placing their restrained virtuosity in the service of Walker’s subtle vocals to deliver an album that keeps revealing its emotional and musical intensity with repeated listenings.
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